sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

Aula 5 : Platão.


Vida.

Platão nasceu em Atenas em 427 a.C, era filho de Artíston e Perictioné. Seu pai era um homem rico cuja dinastia remontava aos primórdios de Atenas. Deu ao filho uma excelente educação, a quem deu o nome de Aristocles. Platão era um apelido adquirido quando já moço, designando alguém que tenha um porte atlético, com ombros largos. Platão não teve esposa nem deixou filhos. Viajou pela Magna Grécia, onde aprendeu os ensinamentos deixados por Pitágoras, andou pelo Egito e muitos afirmam que esteve no Oriente.
No início se dedicou a poesia e depois à filosofia. Conheceu Sócrates com dezoito anos e o acompanhou por dez anos, até em 399 a.C., quando Sócrates morreu. Em 387 a.C. fundou sua escola nos jardins de Academus,dedicando-se ao ensino e composição de suas obras.
Platão faz distinção entre aparência e realidade. Ora, se existe um mundo de realidade e um mundo de aparência, deve-se procurar saber como se pode distinguir um do outro. Sabe-se que as aparências são diagnosticadas por nossas sensações, ao passo que as nossas idéias diagnosticam o mundo da realidade. Por aí se vê que só podemos aproximar-nos da realidade através do pensamento.
A teoria do ser deduzida por Platão é aparência ilusória o que corresponde à enganosa opinião sensível; o conheci­mento verdadeiro é aquele que se refere às essências, às idéias.


Vamos antes de mais nada deixar claro .....

      Conhecimento sensível

 É o conhecimento obtido através dos sentidos - visão, audição, olfato, tato e paladar   Este conhecimento pode ocorrer numa experiência (emperia = experiência) particular de um indivíduo com um objeto, por exemplo, ao comer uma maçã um indivíduo conhece a maçã. Através de seus sentidos ele pode dizer: 'Esta maçã é doce.', 'Esta maçã é macia.', etc.
 Num diálogo entre dois indivíduos, pode ocorrer o conhecimento entre ambos. Daí podem surgir proposições do tipo: 'Fulano é uma pessoa educada.', 'Beltrano é muito ansioso.', etc.
 É importante observar que nos dois casos supracitados, as proposições são fruto de experiências subjetivas; por isso estas proposições são chamadas de 'opiniões' (doxa)
  
 Vários problemas existem em relação a estas opiniões: 

. Para qualquer indivíduo a maçã é doce e macia?
. Para qualquer indivíduo Fulano é uma pessoa educada e Beltrano é ansioso?


Conhecimento inteligível


É o conhecimento obtido através do intelecto (pensamento, intuição intelectual).
Uma pessoa leiga (não cientista) sabe da existência das células-tronco através de uma reportagem científica mostrada numa revista ou pela TV, onde a comunidade científica descreve as propriedades das células e os efeitos que elas causam em um organismo. Mesmo sem ter visto uma célula-tronco e nem o modo como ela funciona, damos crédito ao conhecimento a nós passado pela comunidade científica. 
Este tipo de conhecimento é objetivo (não subjetivo), ele comum a qualquer pessoa. Os filósofos gregos o denominaram de episteme (opinião verdadeira)




Platão o filosófo das ideias.

Platão o filosófo das ideias, O método filosófico de Platão, Platão concebia a filosofia em três níveis, O estilo de Platão era imaginativo, literário, político e alegórico. Portanto não quer saber do utilitarismo, do convencionalismo, do relativismo dos sofistas , o homem para Platão é dualista ( corpo e alma ) sua filosofia não se interessa pelo homem em sociedade e sim o divino no homem. 
O mundo das idéias, o mundo das formas e o mundo dos conceitos passam a serem primordiais em sua filosofia.
“Idealismo platônico, espiritualismo, e realismo das essências” filosofia e dialética se identificam como processo na busca dos valores absolutos.
Para Platão o mundo é cópia, aparência e imitação de um mundo perfeito ou seja mundo realmente real. Para ficar mais claro, leia a narrativa mítica abaixo;

ALEGORIA DA CAVERNA

Imagine alguns homens vivendo em uma moradia em forma de caverna, com uma grande abertura do lado da luz. Encontram-se ali desde a sua meninice, presos por correntes que os imobilizam totalmente e de tal modo que não podem nem mudar de lugar, nem volver a cabeça e não vêem mais que aquilo que lhes está na frente. A luz lhes vem de um fogo aceso a uma certa distância, por trás deles, em uma eminência do terreno. Entre esse fogo e os prisioneiros há uma passagem elevada, ao longo da qual imagine-se um peque­no muro, semelhante aos balcões que os ilusionistas levantam entre si e os assistentes e por cima dos quais mostram seus prodígios. Pensa agora que ao lado desse muro alguns homens levam objetos de todos os tipos. Tais objetos são levados acima da altura do muro e os homens que os transportam alguns falam, outros seguem calados. Os prisioneiros, nessa situação, jamais viram outra coisa senão as sombras, jamais ouviram outra voz senão os ecos que reboam no fundo da caverna. Falarão das sombras como se fossem objetos reais, terão os ecos como vozes verdadeiras. Esses estranhos prisioneiros são semelhantes a nós, homens. Pensa agora no que lhes acontecerá se forem libertados das cadeias que os prendem e curados da ignorância em que jazem. Se um dentre eles se levantar e volver o pescoço e caminhar, erguendo os olhos para o lado da luz, certamente tais movimentos o farão sofrer e a luz ofuscar-lhe-á a visão e impedirá que ele veja os objetos cuja sombra enxergava há pouco. Ficará deveras embaraçado e dirá que as sombras que via antes são mais verdadeiras que os objetos que são agora mostrados. E se tal prisioneiro, arrancado à força do lugar onde se encontra for conduzido para fora, para plena luz do sol, por acaso não ficaria ele irritado e os seus olhos feridos? Deslumbrado pela luz, porventura não precisaria acostumar-se para ver o espetáculo da região superior? O que a princípio mais facilmente verá serão as sombras, depois as imagens dos homens e dos demais objetos refletidos nas águas, e finalmente será capaz de veres próprios objetos. Então olhará para o céu. Suportará mais facilmente, à noite, a visão da lua e das estrelas. Só mais tarde será capaz de contemplara luz do sol. Quando isso acontecer reconhecerá que o sol governa todas as coisas visíveis e também aquelas sombras no fundo da caverna.

Mundo sensível e mundo inteligível;

Mundo sensível e mundo inteligível
Platão preocupado com o mundo sensível e com as idéias, o filosofo concebeu uma dicotomia a dividir o mundo das aparências e o mundo ideal (das idéias) do qual o mundo sensível seria uma mera cópia.

Platão assim dividiu o 'cosmos' em duas partes: uma feita de ideias e a outra, de matéria, e teríamos assim uma fisica e uma meta-física, onde a alma seria um além-do-corpo, e todo conhecimento já presente desde o nascimento 
       
      1-      Assinar  verdadeiro ou falso.

 Na Alegoria da Caverna,

(   ) Platão descreve a educação do filósofo, que passa do conhecimento sensível para o conhecimento inteligível.
(   ) Ele procura mostrar a superioridade do conhecimento inteligível em relação ao sensível. O primeiro é o conhecimento daquilo que é real e o segundo é o conhecimento das aparências.
(   ) A caverna subterrânea é o mundo visível.
(   ) O prisioneiro que sobe à região superior e contempla suas maravilhas é a alma que ascende ao mundo inteligível, em outras palavras é o caminho de todo ser humano no seu ponto de ignorância – espanto e por fim sabedoria.
(   ) Mostra em sua alegoria que o homem poderá viver no mundo das sombras (ignorância) acreditando em um mundo completamente diferente da realidade, podendo talvez, atingir a luz (sabedoria), para viver livre de preconceitos, conhecedor da verdade.
(   ) No mito podemos associar os homens presos à população e o homem liberto a um filósofo. Os homens presos conhecem apenas o mundo sensível, já o liberto conheceu a verdadeira essência das coisas, conheceu o mundo das idéias.

2-Platão mostrou-nos que todos nós estamos sempre em contato com duas realidades: uma inteligível e outra sensível. Explique as principais diferenças.

3-O que é o inatismo ?